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JUSTIFICAÇÃO VERÍFICA

abril 19, 2010

Por

Keith Lehrer

em

Theory of  knowledge

As sugestões anteriores sugerem que justificação completa é justificação pessoal que não é baseada sobre erro. Se nós concordamos que uma pessoa está pessoalmente justificada em aceitar algo e também que a informação independente citada no jogo da justificação é informação correta,então nós deveríamos concordar que ela está completamente justificada.Isto sugere uma noção técnica de justificação baseada sobre o que permanece do sistema de aceitação de uma pessoa quando todo erro é excluído. Considere o subsistema do sistema de aceitação quando todo erro é excluído por cada queda do membro – S aceita que p – quando p é falso.O resultado do subsistema do sistema de aceitação, que poderia ser verificado por um crítico onisciente, vamos chamar o sistema verífico da pessoa.Podemos então definir uma noção técnica de justificação verífica como segue:

S está justificado verificamente em aceitar que p em t se e somente se S está justificado em aceitar que p sobre a base do sistema verífico de S em t.

Podemos então combinar justificação e justificação verífica para obter justificação completa como segue:

S está completamente justificado em aceitar que p se e somente se S está pessoalmente e varificamente justificado em aceitar que p em t.

Em síntese, se uma pessoa está pessoalmente justificada em aceitar que p e poderia permanecer assim se todos os erros em seu sistema de aceitação fossem eliminados, então a pessoa está completamente justificada em aceitar que p.

ALTERNATIVAS RELEVANTES, RASTREAMENTO DA VERDADE E FECHAMENTO EPISTÊMICO

abril 13, 2010

Por

Elke Brendel e Christoph Jäger

em

Contextualist approaches to epistemology: Problems and prospects

Uma teoria de conhecimento que tem sustentado um maior impacto sobre as recentes abordagens contextualistas é a chamada “Teoria das Alternativas Relevantes” proposta primeiro por Fred Dretske no primeiro artigo de 1970 e mais desenvolvida por Gail Stine e outros. De acordo com Dretske, o sujeito epistêmico S sabe que p(no tempo t) somente se S está em uma posição epistêmica que lhe permita eliminar todas as alternativas relevantes para p(em t). Uma proposição q é uma alternativa para p exatamente no caso que q implica não-p. Ainda, de acordo com Dretske não é necessário, para saber p, que alguém deva ser capaz de excluir todas as alternativas para p.O que é requerido em vez disso é meramente a habilidade para eliminar ou excluir certas alternativas relevantes. Desta maneira, o que faz uma alternativa relevante? Isto depende duma situação epistêmica. Durante uma visita ordinária ao zoológico, a possibilidade que você toma para ser zebras são mulas espertamente disfarçadas é uma alternativa irrelevante, e assim não é necessário que você seja capaz de excluí-la, segundo as regras, para saber que os animais são zebras. Mas, agora suponha, por exemplo, que é bem conhecido que o diretor do zoológico, para poupar dinheiro, freqüentemente disfarça animais comuns como animais exóticos e ocasionalmente coloca mulas espertamente disfarçadas no prado da zebra. Nesta situação, a alternativa mula torna-se relevante e poderia parecer que você não sabe que os animais que você está olhando são zebras, a não ser que você possa excluir a possibilidade que eles são mulas espertamente disfarçadas – ainda se eles são de fato zebras.

O cenário da mula pintada de Dretske é uma situação de ceticismo local ou restrito – neste caso aparece o ceticismo se alguma situação particular parece ser confiável – ameaça alguma afirmação de conhecimento. Mas sua explicação é também designada para prover uma resposta aos argumentos céticos globais ou radicais tal como o notório argumento do cérebro na cuba:

BIV (brain-in-a-vat)

(1) Eu não sei que não sou um cérebro na cuba.

(2) Se eu não sei que não sou um cérebro na cuba, então eu não sei que eu tenho mãos.

(3) Eu não sei que eu tenho mãos.

O paradoxo cético consiste no fato que tais argumentos são validos e uso das premissas parecem intuitivamente verdadeiras. Contudo, nós não estamos dispostos a aceitar as conclusões. A resposta original de Dretske é, muito áspera, que os cenários céticos são alternativas irrelevantes. Sendo assim, a premissa (2) do argumento acima torna-se falsa.

Adicionar a esta visão o que conte como uma alternativa relevante é determinado pelas alternativas que são salientes para a pessoa que atribui a atitude epistêmica (ou carece disto) ao sujeito, e a posição que você chega ao contextualismo atributivo. Em sua contribuição a esta publicação, Dretske explicitamente distancia de si mesmo tais formas de contextualismo(que ele chama de contextualismo radical). O porquê da influência profunda que sua teoria tem sustentado sobre estas formas de contextualismo,entretanto,sua visão pode bem ser chamada de um tipo de proto-contextualismo . Vamos voltar a posição de Dretdke abaixo.

Outra teoria de conhecimento extremamente influente é a análise do “rastreamento” de Robert Nozick. A questão de se S sabe que p numa dada situação depende, de acordo com Nozick,não somente em S tendo uma crença verdadeira que p.Em particular,dois condicionais subjuntivos devem ser satisfeitos:(1)Se p tem sido falso,S poderia não ter criado que p,isto é,S sabe que p somente se,nos mundos próximos possíveis em que p é falso,S não creria mais que p;e (2) se p fosse verdadeira,então S poderia ter crido que p,isto é,em todos os mundos próximos que p fosse verdadeira,S creria que p.Dada estas condições,S pode saber que ele tem mãos,ainda que S não saiba que ele não é um cérebro na cuba: alguém do mundo próximo possível em que S não tem mãos é um mundo em que S,por exemplo,perdeu suas mãos em um acidente;e neste mundo ele poderia não crer que ele tem mãos.Alem disso,em todos os mundos próximos em que é verdadeiro que S tem mãos,S crer que ele tem mãos.Desde que a crença de S que eles tem mãos satisfaça ambas as condições de rastreabilidade da verdade,segue-se da teoria de Nozick que S sabe que ele tem mãos.Entretanto,S não sabe que ele não é um cérebro na cuba,desde que nos mundos próximos possíveis em que S é um cérebro na cuba(leva-nos a assumir que S não é alguém do mundo atual)S poderia,ainda assim, crer que ele não é um cérebro na cuba. Assim, nossas afirmações ordinárias de conhecimento, como na teoria das alternativas relevantes, poderia, ainda assim ser verdadeira,ainda se nós não sabemos que as hipóteses céticas são falsas.

Uma conseqüência das teorias de Dretske e Nozick é a falha do que se considera como um principio epistêmico extremamente plausível, chamado, o principio de fechamento epistêmico (PEC).De acordo com o PEC, conhecimento está fechado sob implicação lógica conhecida. A PEC pode ser aproximadamente estabelecida como segue:

PEC: Se S sabe que p e sabe que p implica q,então S também sabe que q.

A implicação cética apela para a PEC quando ele argumenta como segue: desde que nós não saibamos que não somos cérebros em cubas, e desde que nós claramente sabemos que temos mãos implica não sermos um cérebro na cuba, segue-se que nós não sabemos que nós temos mãos. Visto então que razões similares podem ser aplicadas para qualquer outra proposição sobre algum fato ordinário, a conclusão cética que nós não temos qualquer conhecimento de tais fatos.

Agora, como já temos visto, a teoria de Nozick implica que nós podemos saber que nós temos mãos sem saber que nós não somos cérebros em cubas, embora nós saibamos quer ter mãos implica não ser um cérebro na cuba. Rejeitando também a PEC permite Dretske evitar as conclusões do ceticismo radical. Em seu artigo clássico sobre o tema, Dretske argumenta que a PEC assegura-se somente quando a implicação da negação da proposição é uma alternativa relevante para a proposição em questão.Alem disso,desde,pelo menos em situações cotidianas,sendo um cérebro na cuba não é uma alternativa relevante para ter mãos,nós não precisamos saber que não somos cérebros em cubas para saber que nós temos mãos – ainda que nós claramente saibamos que ter mãos implica não ser um cérebro na cuba.Num recente trabalho,Dretske coloca adiante esta visão,ainda em contextos que as alternativas céticas são relevantes ,rejeitando um principio de fechamento irrestrito como uma resposta apropriada ao cético.Com respeito as implicações “peso-pesado” tais como a negação das hipóteses céticas,ele mantêm que o fechamento não assegura ainda quando tais hipóteses tem tornado-se salientes.

Queiramos ou não com respeito as hipóteses céticas como alternativas relevantes,o problema se mantêm com as teorias de Dretske e de Nozick,é que rejeitar a PEC é um alto preço para resolver o problema cético.A PEC é depois de tudo um principio extremamente plausível de aquisição de conhecimento.DeRose afirma que não sabemos que somos cérebros em cubas,enquanto ao mesmo tempo sabemos que temos mãos,é uma “conjunção abominável” e um “resultado intuitivamente bizarro”.Contextualismo conversacional,defendido por Cohen,Lewis, e DeRose,tentam resolver o problema cético apelando ao contexto-sensitivo de conhecimento sem afirmar o fechamento.